domingo, 6 de outubro de 2013

Poe na Telinha

Contos do Edgar
Contos do Edgar é uma série de TV em cinco episódios, produzida pela O2 Filmes e veiculada pela FOX Brasil em 2013
O personagem principal é Edgar (Marcus de Andrade), que trabalha na dedetizadora Nunca Mais, empresa de seu amigo Fortunato (Danilo Grangheia). Os dois são os únicos atores fixos do elenco. Em cada episódio, Edgar faz um serviço de desinsetização em alguma casa ou estabelecimento comercial, onde acontece uma tragédia.
A cantora Gaby Amarantos atuou no papel-título do primeiro episódio, Berê, inspirado no conto Berenice.
No último episódio da temporada, revela-se o mistério no passado de Edgar, envolvendo sua mulher desaparecida, Lenora, e o papel desempenhado por Fortunato.

Episódios da Série 

  1. Berê (inspirado em Berenice)
  2. Priscila (inspirado em Metzengerstein)
  3. Íris (inspirado em O coração denunciador)
  4. Cecília (inspirado em A Máscara da Morte Rubra)
  5. Lenora (inspirado em O Gato Preto e O Barril de Amontillado)


Curiosidades

 1-Então, primeiramente podemos concluir que o lado macabro do escritor surgiu desde quando ele frequentava um internato na Inglaterra que ficava ao lado de um cemitério. E acreditem, as aulas de matemática ocorriam em meio aos túmulos  pois os alunos calculavam as idades dos mortos pelas datas marcadas nas lápides. E pasmem, as aulas de ginastica consistiam em abrir as covas em que seriam enterrados os mortos da cidade. 

 2-Poe tinha medo do escuro, achei até engraçado, o mestre da ficção macabra ter medo de escuro, mas ele chegou a confessar a um amigo que acreditava que os demônios se aproveitavam da noite para enganar os imprudentes.

3-O Corvo

"Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais."

Esse foi um trecho de O Corvo, um grande sucesso do autor, Poe teve sua inspiração através da ave de estimação de Charles Dickens, que aparece em seu romance Barnaby Rudge, o qual Poe resenhou. Quando os dois autores se encontraram, Dickens contou que seu corvo havia morrido (aparentemente, a ave bebeu a tinta de um tinteiro que Dickens havia deixado aberto) e Poe, voltou para a casa naquela noite e inseriu o personagem no já existente poema chamado To Lenore, que ele havia abandonado. "Lenore" rimava perfeitamente com "Never more", que se tornou o famoso mantra do corvo de seu poema.

sábado, 5 de outubro de 2013

Resumo do Conto "O Retrato Oval"

Um cavaleiro chegara ferido num cavalo com o seu servo a um castelo o qual parecia abandonado recentemente. Uma decoração rica, porém estragada. 
Nas paredes do quarto em que o cavaleiro ficara, eram pendurados várias pinturas modernas, porém alegres. A arquitetura bizarra tornava as pinturas necessárias. O cavaleiro sentiu grande interesse.
O cavaleiro ordenou ao seu servo que fechasse os maciços postigos do quarto, pois já era noite, que acendesse os bicos de um alto candelabro que estava à cabeceira da cama e que corresse de par em par as cortinas franjadas de veludo preto que envolviam o leito. 
O cavaleiro pediu tudo isso porque se não adormecesse, poder contemplar os quadros e ler um diário que ele achou sobre a almofada. Esse diário descrevia e criticava os quadros.
Ele leu por muitas horas o diário e contemplou os quadros enquanto as horas se passavam. Ele mudou o candelabro de posição, revelando um canto do quarto o qual não tinha visto. E assim é que viu um retrato de uma jovem virando adulta.
Essa jovem tinha um marido que passou a vida inteira dela pintando-a. E no final da obra, ela estava morta!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Resumo do Conto "O Gato Preto"

Narrado em primeira pessoa, O gato preto, de Edgar Allan Poe, trata da história de um homem simples que adorava animais e que desenvolve no decorrer da narrativa uma postura doentia, um espírito perverso capaz de atitudes com requinte de crueldade. Poe envolve o leitor numa atmosfera de suspense e obscuridade, causando sobressaltos e gerando uma sensação estranha de terror.
Depreende-se, assim, com a leitura do conto que Poe trabalha com maestria os mistérios da morte e da loucura, aprofundando-se em certos estados da mente humana, como se pode observar quando o narrador-personagem define suas alterações de personalidade que ocorrem ao longo do conto, desde as pequenas alterações à perda total do controle emocional e psíquico, sendo este último estado piorado pelo consumo abusivo de álcool. Como quando narra: Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. Já não sabia mais o que estava fazendo.(...) Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Nessa mesma linha de pensamento, Poe analisa a natureza humana em suas diversas nuances, fazendo uma reflexão sobre as mazelas psicológicas às quais estão sujeitos todos os seres humanos. A neurose que leva o personagem a cometer tantas atrocidades, que contrastam com maior parte de sua vida, na qual era um sujeito pacato e sociável. Este contraste se evidencia na seguinte parte do texto: Não só descuidei-me de mim, de minha mulher e de meus bichos, como os maltratava com a maior crueldade. Ou ainda neste trecho, onde fica claro a insanidade latente que o faz atribuir ao gato as conseqüências de seus atos: O gato que me levara ao crime e cuja voz delatora me havia entregue ao carrasco. Desta forma, independente de trabalhar com os impulsos primitivos que regem o caráter do homem, o que há em Edgar Allan Poe é um talento narrativo e uma forma criadora que seleciona cuidadosamente todos os elementos textuais. Do bicho ao nome concedido a ele, Plutão, que representa o deus dos infernos, o Hades. O gato preto está repleto de simbolismos, seu texto pesado, mistura um misticismo, validado tanto pela mitologia grega quanto pela superstição popular e ainda concentra conceitos das teorias de Freud, como o inconsciente e o recalque.Poe escreve com bastante rigor e precisão, dando a sua narrativa um tom racional, porém recheando-a de situações inusitadas só possíveis no realismo fantástico. Nesta história, gato e homem interagem, mas nada se dá ao acaso, nota-se uma forte relação de causa e efeito, onde os instintos animais afloram e revelam a essência do bicho homem.

Linha do Tempo

  • 1809: Nascimento
  • 1810: Pai de Edgar abandona a família
  • 1811: Mãe de Edgar faleceu
  • 1820: Edgar voltou para a família Allan a Richmond
  • 1826: Registrou-se na Universidade de Virgínia
  • 1827: Alistou-se nas forças armadas e publicou seu primeiro livro "Tamerlane and Other Poems"
  • 1829: Madrasta de Edgar faleceu, publicou seu segundo livro "Al Aaraf" e reconciliou-se com seu padrasto e entrou na Academia Militar
  • 1831: Fora expulso da Academia Militar 
  • 1834: Padrasto de Edgar faleceu
  • 1835: Edgar tornou-se editor do jornal Sothern Literary Messenger
  • 1836: Casou-se com a sua prima Virgínica Clemm as escondidas
  • 1837: Saiu do jornal Sothern Literary Messenger e mudou-se para Nova Iorque 
  • 1839: tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine e publicou em dois volumes a sua coleção "Tales of the Grotesque and Arabesque"
  • 1845: publicou no jornal Evening Mirror o seu primeiro poema "The Raven"
  • 1846: Brodway Journal faliu e Edgar mudou-se para uma casa no Brounx e esposa de Edgar faleceu
  • 03/10/1849: Edgar fora encontrado na rua em estado delirium tremens 
  • 07/10/1849: Edgar veio a falecer